sábado, 7 de junho de 2014
Reconstrução
Escuto o som vazio da tua voz
e invades-me solidão
na foz do meu grito
ilusão
atroz
Concebo-te esperança
no dia encoberto
como se a lembrança
desanuviasse
a saudade
nuvem
no deserto
E eu, nua de palavras,
recebo-te hábito
em arcaísmos
e gírias
descritos em fados
como
hálito
benemérito
Mas castigas-me
com o roçar decrépito
das falanges
espumosas
na brisa perdida
das rosas
onde me perco
a versejar
E tudo é vácuo
e vago
e triste
e não existes
nem nos versos
nem nas verdades
Albergo-te
ainda
sonho
nas asas
das farsas
do abandono
e eu
abismo
do grito
solidão
te recomponho
Rosa Alentejana
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