E agora na onda de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)
A vida é uma roda que não para de rodar
e é com raiva que rebento o chão
onde antes quis vir a semear
um sopro cavado a mármore
um desgosto prenhe de emoção
em falso fado por confessar…
Na missa do domingo ,que me demore,
eu já não quero suspirar!
Isolo-me na vontade cortante
em que a febre me coage
a simular no semblante
as dores que me traz a aragem…
Resvala-me do seio subtil
a fome da máquina que me emociona,
sou filha de um Deus menor
delirante na sensação que me impulsiona
a jorrar destinos e suor
pela debulhadora da vida
que vai e volta e…siga!
Subo ao tic-tac dos dias e grito:
Eia! Eia!
Estou aqui! Pobre de mim…
Rosa Alentejana
(imagem da net)
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