sábado, 7 de julho de 2018

Remendo


Vou deitar o meu poema sobre o branco
desta folha imaculada de papel
E como ondas espalhando as palavras
apuro a espuma do teu nome…
É com palavras que te toco com engenho
umas feitas de mágoas outras de alegrias
Mas nota amor que te conto com empenho
as tolas saudades que remendo dia-a-dia
nas redes rotas, no barco perdido no cais
E só com elas sei que te prendo e te vais
desapareces na luz longínqua do horizonte
de azul distante, não és o límpido ar
onde suspiro. És a loucura que conservo
na agulha cega que me fere e que me alegra
num parco instante de lascívia e desvario…

Rosa Alentejana Felisbela
07/07/2018
(imagem da net)

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