Só o vento vela as memórias
que as roupas usadas
carregam
só ele apaga
só ele reacende
numa intermitência cerimoniosa
apensa à corda, apensa à mola
regido pela mesma bitola
que a água oferece
e quando o perfume desaparece
na memória que a recorda
apenas um fio se entretece
nesse doce entendimento
entre a roupa e o vento
tornado brisa
caprichosa
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
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