quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Quase temporal
As folhas subtis
afagam suavemente
os dedos engelhados de histórias
nesse outono puído nas árvores
O vento ternurento
mima as vestes que já foram frondosas
mas que perderam as cores
garridas
num delírio caduco da estação
Há um prenúncio de chuva
no perfume que a nuvem
comprime
e as aves…
roçam as asas nos céus
inspirando os frutos
que a tua boca levou
quando se instalou o silêncio
é setembro
que se ergue
na distância de um “quase”
temporal.
Rosa Alentejana Felisbela
(foto da net)
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