quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Porto – Jardins do Palácio de Cristal – 03 de agosto de 2016
Espreito pela porta redonda
mirando as flores frescas
da manhã
E em cada estação antevejo
a delicadeza das mãos
segurando a sorte dos seios
e lábios cor de romã
Sopra a brisa mansa nas folhas.
Galho a galho voam os pássaros
e os cantantes chilreios
guiam-me os passos
A abóbada transborda
de vigor e gratidão
e em cada pedra descalça
revejo a perdição
Murmuram fontes o teu nome
aberto ao miradouro suspenso
e eu naufrago o meu olhar
no teu rio de silêncio
E fecho a porta forjada
de enlaces da hera das horas
e com um brilho nos olhos
das pétalas que perdi
digo às árvores:
- Quem me dera…saber de ti,
agora!
Rosa Alentejana Felisbela
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