quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Tu consegues
Diz-me, quanto do teu tempo ainda sobe a calçada sem ajuda da bengala da sabedoria…Foram tantos os anos abraçados ao campo, servindo horas e senhores, desde o nascer ao sol-pôr…Hoje sabe-te a boca ao amargo bolor do paliativo e o sono come-te as entranhas. Não há senão o bulício da dor e o cheiro fétido da morte a pairar sobre a noite. Mas a esperança espalha-se entre as almofadas aconchegadas a dois. Essas que o destino juntou desde a infância. E a luz da constelação do amor ilumina o quarto crescente do sorriso. Ainda consegues caminhar!
Rosa Alentejana Felisbela
31/10/2018
(imagem da net)
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