terça-feira, 25 de abril de 2017
Onde estão os cravos?
Hoje colhi um cravo encarnado
e vesti-me de Liberdade
nesse instante
militante manifestei-me na rua
e vi que estava nua
numa verdade lancinante
ergui o punho qual traço
em céu rendido ao Comandante
mas a voz feita de povo esgotado
não era a mesma amarrada
que outrora se ensaiava
a voz cativa e a voz apoiante
era só eu ,sozinha, que gritava
por um amor amante de agora
e o compromisso combinado
que eu encarava
mais não era que um casamento
de olhar baixo e voz gasta
contrariada, omissa e revoltante
era um País duro
que me enganava
e saía impune, pela Lei falsa
e excruciante
era um jardim
que acarinhava ricas flores e trovas
mas que chacinava pobres cravos
como flores impróprias e farsantes!
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
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