segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Semblante alentejano


Pela janela aberta da aurora
Sinto um cheiro bom e intenso
Inspiro um ar puro e propenso
Ao devaneio poético da hora

Bebo o azul do céu com amor
E embriago-me simplesmente
Com a beleza bela e irreverente
Que me dá o alento apaziguador

Afago com carinho o pensamento
Que evoca o calor brando do sol
Acariciando aquele tonto girassol
Girando no seu lento movimento

Ouço o arrulhar manso da rola
Que ao longe canta e então sorrio
Num sorriso brando como um rio
Que nas curvas estreitas se enrola

Também eu parto do meu ninho
Nesta hora que cedo se anuncia
Atrevo-me a fazer uma analogia
Com as asas de um passarinho

Vou voando viva e tão vibrante
Com a felicidade colada ao rosto
Como um dia quente de agosto
Refletido no meu semblante

Rosa Alentejana Felisbela
(foto tirada por mim)

2 comentários:

  1. É o rosto do sol em todas as suas primaveras tão bem vindas num ritmo cristalino e lindo que tão bem escreve rimando seu coração.

    Bom vir aqui Rosa, agradeço viu? Boa noite

    ResponderEliminar
  2. É uma delícia receber a sua visita! Obrigada! É assim que me sinto, em ligação à terra que me viu nascer ;) Boa noite!

    ResponderEliminar