domingo, 13 de julho de 2014
Anjo
Sou um anjo sem luz mas cintilo
ao som desse vácuo torpe criado
às palavras do teu malfadado fado
num suspiro onde sempre vacilo
Enroscada no isolamento me invento
ave feliz voando no cabo do silêncio
num firmamento azul, puro e fictício
esquecida da dor e do sofrimento
E abro as asas em forma de coração
pois, que as nuvens onde me deito,
são de franca, rara e doce gratidão
pelas bênçãos com que me enfeito
anos, dias e noites, até à exaustão
servindo-me a esperança… de leito
Rosa Alentejana
(imagem da net)
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