segunda-feira, 8 de março de 2021
Cedo
A beleza não se apaga
do barro moldado
Tal como as palavras
gravadas na memória
das nossas defesas
Indefesa te sentes
no pensamento acabado
e o murmúrio do desejo
a que não acedes
É cedo para alguém
te encontrar
ainda o sol
não está acordado
e na escuridão
escondes o medo
Preferes a solidão segura
do que o meio
onde está gente
Vês a vida por um
prisma cínico: obscuro
Não conheces ninguém
influente
que te dê a mão
e te faça sorrir
Que te ajude nos planos
mais loucos
Só te apetece fugir, fugir
e desaparecer da vida
aos poucos…
Felisbela Baião
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