domingo, 3 de maio de 2015
Somos nós
Ainda agora
bebi
do cálice de sol das tuas mãos
o néctar embriagado das tuas palavras
e já me sinto lava
uma sede
abrasada pela combustão
quente que trazes na voz
inunda-me os lábios
porque sinto-me
fímbria da metade do beijo
moldado a fogo veloz
nas veias
e sou
ponto equidistante
da junção dos corpos
enamorados pelo roçar
vibrante
das dermes ardentes
o princípio inquieto do ato
de acender sensações nos olhos
quando os poros
incendeiam lareiras
lentamente
sou brasa
quando és fim vulcanizado
pelos desejos escaldantes
que iluminam o espaço
tão longe e tão perto
dentro de nós!
Rosa Alentejana
03/05/2015
(imagem da net)
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