domingo, 10 de agosto de 2014

Tu


Deito os meus pensamentos ao mar
Num derradeiro esforço por te esquecer
Mas as ondas teimam em ir e em voltar
Dizendo que és tu a razão do meu viver

Ondas veem e vão sempre diferentes
Arrastando com elas tantos tormentos
Só esses olhos (ah!) de ouro reluzentes
Mareiam os meus versos tolos e cálidos

E mergulham a minha pele na paixão
A que, sem forças, eu sempre me entrego
E incendeiam este pobre e tonto coração

Num veneno imortal, de prosas quase cego
A que cedo, percebendo demasiado tarde,
Que és tu quem me arde e me tira o sossego!

Rosa Alentejana
09/08/2014
(imagem da net)

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