Ela
escreve na memória
A
história que foi vossa
Não
importa se é prosa
Ou
quintilha já antiga
Se
é poema ou cantiga
Ela
sabe-a de cor
Conhece-lhe
por dentro
O
eterno sentimento
Que
viveram num raio de luz
Um
risco no firmamento
Uma
pedra rolando
Uma
rosa em contraluz
Ela
escreve a desventura
Dá-lhe
um cunho pessoal
Transforma
a doce ternura
Num
escuro abissal
Tal
como toda a história
Que
se conta, é natural
Desconhece
o que os levou
Àquele
banco de jardim
Quando
o sol anunciou:
-
É tempo de chegar ao fim,
De
esta história terminar
Mas
a história perdura naquele lugar
Cada
abraço, cada beijo
Contado
por ela o desejo
Não
faz jus àquele lugar
Só
eles sabem quão fracos
Se
sentiram nos braços do seu amar
Até
hoje vive a história, que não quis terminar
Felisbela Baião
(Imagem da internet)
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