Tenho frio:
sopro para as mãos
em concha,
mas a náusea,
o vazio
escavam-me a pele
em caminhos vãos
de terra húmida
de húmus humano
e de silêncio quebrado
pelo canto gritado
do pássaro negro
sobre o cedro
e o pranto…ai o pranto
é espinho cravado na garganta
e as lágrimas
(tantas!)
toldam-me a visão
e a razão
esvai-se
num segundo
voltando depois
do bombear arrítmico
do coração
Rosa Alentejana (Felisbela Baião)
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