sexta-feira, 16 de março de 2018
A um marinheiro
Espera-me naquela nuvem
branca como breu
que ainda agora vi no céu
essa que tinha a marca
das tuas palavras
brandas
Espera-me naquela onda
mais alta, levantada
pelo sopro do vento
- a nortada -
antes que se esconda
a vela no vale da fundura
onde o barco absorto vá marear
Consegues ver-me ao sol e no escuro
nesta praia onde te procuro
vestida do luto da tua ausência?
Pergunto-me:
- quanto tempo irei ficar?
Se as pegadas se vão apagando
e eu não sei, amor,
até quando
meu corpo aguenta
esta tormenta
de o teu corpo desejar!
Rosa Alentejana Felisbela
16/03/2018
(a foto foi tirada por mim, casualmente, na Fonte da Telha)
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