Vejo um’aranha qu’a teia tece
Mansamente em seu árduo labor
Assim como um amante amador
Que bem depressa se enternece
Diante das asas de um beija-flor
Que desejando beijar pudesse
A boca doce que a flor parece
Pousando nela todo o seu ardor
Porém reparo na artimanha
Lograda pela sádica aranha
Matando o seu frágil parceiro
E penso na sorte tamanha
Que é a que nos acompanha
Quando o amor é verdadeiro
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
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