sábado, 8 de agosto de 2015

Mel


São aquelas palavras,
onde nos cruzamos um no outro,
que nos tocam como viagem
impressa nos sonhos,
que sabem a tanto,
que sabem a pouco…

São ecos confidentes
dos mundos nos corpos
que nos pertencem,
como se os sons das rimas
nos fizessem
estremecer as pestanas silentes…

Porque os carinhos trocados
pelos dedos,
cálidos contornos fulgentes,
clamam no sangue,
crepitam na pele,
como se a beijassem
doce e encantadoramente…

E que nem a obscuridade sedutora
do oásis do nosso amor encubra
a nudez ávida de cada vórtice
na quietude insubmissa
do teu abraço que é tão meu…

Todavia já caem pétalas de pura ternura
no chão dos nossos passos
tão mudos de distância
e tão perto do caminho
enamorado de brandura
que perfaz o nosso céu…

Anda, dá-me a tua mão
e partilhemos a lua
meu menino
de mel

Rosa Alentejana Felisbela
09/08/2015
(imagem da net)

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