segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ébria de amor…


Sobrevoo a tua nuca
num sopro de nuvem
na curva da pele
da tua praia encantada
a chover no calor
da roupa molhada...

Bebo o perfume do teu corpo
sacaroso
de um trago só...
para não me deslizarem as gotas
num suspiro nervoso
de quem se esconde
nua
no sol...

Devoro o sabor do teu olhar
em estalidos de lareira ardente
quando o hálito a chocolate
quente
se infiltra nos sentidos
salivantes
do quarto
de lua crescente...

Ébria de amor evoco
a loucura
para me serenar,
porque perdi o molde
das asas de Ícaro
fantasiadas de liberdade
onde acabei...
por te inventar!

Rosa Alentejana

(imagem de mariajosepoesia.blogspot.com)

Sem comentários:

Enviar um comentário