quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Venero-te


Venero-te templo
no desalinho dos meus desejos,
quebrado pelo ADN
impresso nos lábios
onde guardas os beijos.

Venero-te templo
coberto pelo manto sagrado do tempo,
sincopado aleatoriamente,
quando a luz das velas veneradas
dos teus olhos
aquecem as fugidias retinas dos meus.

Venero-te templo
da derme sublime,
onde entrelaço sabores em teias de anseios,
na cerimónia lúbrica
onde consagras o teu amor aos meus seios.

Venero-te templo
na aura prodigiosa do encontro no altar
que é o início da vida,
quando a luz se derrama pelos nossos corpos,
numa eterna chegada…e partida.

Venero-te templo
no culto delicioso
onde prostrada me entrego
a cada recanto profanado apenas por ti…
na pureza imaculada do leito
que é apenas nosso e onde…
renasci!

Rosa Alentejana
30/10/2014

2 comentários: