Hoje amanheceu-me a alma da madrugada
ainda a luz se preparava para desabrochar
por entre as planícies que o rio vinha beijar
numa metamorfose latente, copiosa, ousada
Como os braços de quem escolheu o mar
para desaguar as vontades nessa enseada
de beijos perdidos numa fortuna rasurada
por um infinito de tempo extenso e invulgar
Escalaram-me versos nas ideias sinuosas
do estio, desfiladeiro diminuto do presente,
e não nasceram estevas, papoilas ou rosas
Só brotaram dos dedos empobrecidas prosas
que te ofereço como a única prova evidente
deste desejo e verdades sempre silenciosas!
Rosa Alentejana
26/08/2014
(imagem da net)

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