quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Enigma


Estão os meus olhos cansados
de tantas palavras e versos
vertidos em papéis dispersos

Poemas inacabados de letras
loucas de tanta paixão
onde, noite após noite entras
e baralhas o meu coração

Num vocábulo ambíguo, surge o sol desalinhado,
como se faltasse uma vírgula
na frase de futuro enevoado
para explicar a súmula
o fado…respirado a verbos suaves
conotados com a imaginação

Estão os meus olhos cansados
de tantas aspas e entrelinhas
quando os pingos dos is são céus estrelados
formando constelações que, ternamente alinhas

Nesse caminho que desconheço
perco-me muitas vezes,
mas humildemente te peço
para desvendares, revelares
o enigma!
Rosa Alentejana 20/08/2014
(imagem da net)

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