quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Ciente da noite


Quando a noite espalha os seus longos e negros braços
P’la minha vida e todos os lugares que conheço do mundo
Eu olho, mais uma vez, o teu retrato…só mais um segundo
Pois, quero reter todas essas expressões, todos os pedaços

Tudo para que a porta do meu sonho, aquele mais profundo
Fique fechada a sete chaves a todas as mágoas e cansaços
E aberta apenas à tua boca, olhos, sorriso e tão belos traços
Que guardo apenas no meu coração, lá dentro, bem no fundo

Ah Amor! que só nesse sonho bendito escuto o som da tua voz
E sinto tua pele a roçar meus sentidos num doce e quente deleite
Que ali queres (como queres!) derramar na minha melosa foz

E cada gemido, cada sussurro murmurado no meu louco limite
Desaparece, num ápice, nesse instante em que o sonho veloz
Se esfuma na lembrança desse calor tornado frio da noite ciente

Rosa Alentejana
14/08/2014
(imagem da net)

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